A farinha preparada a partir das cascas do maracujá demonstrou ter vários benefícios à saúde. A casca do maracujá é rica em pectina, uma fibra que proporciona a formação de um gel de consistência viscosa capaz de reduzir a glicemia, além das taxas de colesterol no sangue. Este e outros nutrientes são preservados na farinha, que pode ser acrescentada em sucos, batidas, sobre a salada de frutas, na tapioca, ao iogurte, ou misturada a massas para o preparo de alimentos, de pão ao macarrão.
.
Uma revisão da literatura cientifica nas bases de dados LILACS, Scielo e AcademicOneFile entre os anos de 2008 a 2015, reuniu estudos em que a farinha de maracujá, rica em fibras solúveis, possui efeitos metabólicos e fisiológicos benéficos à saúde. A casca do maracujá amarelo é rica em pectina, uma espécie de fibra solúvel, com efeito inibidor no aumento da glicose, além de vitaminas e minerais, especialmente a niacina. Diante dos achados, concluiu-se que a farinha sintetizada a partir do maracujá é um complemento natural para o tratamento de diversas doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes.
Benefícios à sua saúde: 1. Reduz as taxas de açúcar no sangue. A casca do maracujá é rica em fibras, minerais e principalmente pectina. A pectina é uma fração de fibra solúvel no trato gastrointestinal que forma um gel que impede a absorção de alguns nutrientes. No caso do diabetes, impede absorção de glicídios e lipídios e, portanto, pode controlar e reduzir a taxa de açúcar no sangue. 2. Promove saciedade e reduz o colesterol. Por ser rica em fibras, promove a sensação de saciedade. A pectina, em particular, por absorver líquido e então se tornar um gel, torna-se capaz de reter por mais tempo o bolo alimentar no estômago e intestino, fazendo a absorção mais lenta dos nutrientes. O resultado é a sensação de saciedade por mais tempo, evitando o maior consumo calórico. Além disso, esse gel se liga à gordura que é eliminada ao final da digestão, evitando a formação e acúmulo de colesterol. 3. Estimula o hormônio do crescimento. A niacina presente na farinha de maracujá estimula o hormônio do crescimento; entretanto, a produção deste hormônio pode ser inibida pela presença de ácidos graxos, glicose e insulina: assim, a niacina como estimulante do hormônio do crescimento deve ser tomada com o estômago vazio, portanto, um pouco de farinha de maracujá diluída em água, em jejum, pode ser benéfico para o estímulo.